Agenda do dia | Juros: como a alta impacta a economia | Valter Bianchi Filho | BandNews TV

Ibovespa fecha em queda após o BCE manter taxa básica de juros inalterada. O Copom elevou a taxa SELIC pela 4ª vez consecutiva.

O COPOM decidiu elevar pela quarta vez consecutiva a taxa SELIC, aumentando os juros, após o banco central dos Estados Unidos manter a taxa básica de juros inalterada. Como resultado, o Ibovespa fechou em queda.

Esse aumento atinge o percentual de 13,75% ao ano, atingindo o maior percentual desde 2005. Com isso, o aumento da taxa SELIC pode refletir no aumento de juros de empréstimos e financiamentos. O que também chama atenção é que o dólar teve a oitava queda seguida.

O cenário dos juros no Brasil

Conversamos agora ao vivo com Walter Bian filho, sócio da Fundamenta Investimentos. Walter, bom dia! Uma excelente quinta-feira para você. Bom dia, Casas! Bom dia a todos aqui que nos acompanham. Vou começar falando um pouquinho mais aqui do nosso cenário doméstico. O cupom subiu em um ponto percentual a taxa de juros. O que podemos dizer que surpreendeu um total de zero pessoas, mas o mercado é claro que ficou mais atento ao comunicado, né, que foi divulgado.

Exato, como você bem colocou, não teve nenhuma surpresa, né. Foi amplamente administrada essa ativa de um aumento de 1% e, inclusive, eles na própria ata pós-anúncio, deixaram claro que virá mais um ponto percentual na reunião agora de Março, que deve ocorrer no dia 18 ou 19 de Março, levando então a SELIC para 14.25. Isso pode gerar um aumento nos juros.

O que pode gerar um certo debate hoje é que a partir da reunião de Maio, né, que seria a seguinte, essa reunião de Março, não foi dada nenhuma sinalização sobre a manutenção ou não deste ritmo de alta, que pode era então uma certa apreensão. Porque hoje a inflação no Brasil está precificada para 2025 em 5.2%, né. Quando eu digo precificada, é que o boletim Focus, que faz essa compilação e de diversos agentes, né, que enviam lá para eles suas estimativas, eles compilam e divulgam isso toda segunda-feira no relatório Focus, e lá então a expectativa para 2025 é de uma inflação de 5.5% ao ano. Isso pode levar a um aumento nos juros.

O problema é que a cada segunda-feira, né, a cada novo relatório Focus, esse número vem aumentando, né. O que a gente lê então como uma expectativa de inflação que ainda não encontrou um equilíbrio, isso é muito ruim porque a meta de inflação no Brasil é de 3%, uma banda de tolerância de 1,5, então, a gente toleraria até 4,5% uma situação de choque de preço, mas veja a expectativa já tá em 5,5 e subindo. Isso pode levar a um aumento nos juros.

Então, eh, não só este aumento de 1% tá sendo necessário, como da próxima reunião, e quando a gente pega a leitura lá da curva de juros, né, que é o mercado de derivativos e futuros que tem lá na bolsa de mercadorias e futuros, onde tem uma série de agentes que tentam adivinhar para onde vamos os juros do Brasil, essa curva de juros já precifica a SELIC indo além de 15% já tem bancos divulgando cenários com SELIC indo a 15.75 por. Isso pode levar a um aumento nos juros.

A taxa básica de juros e a inflação

A taxa básica de juros é um importante instrumento para controlar a inflação. No entanto, a inflação no Brasil está precificada para 2025 em 5.2%, o que é superior à meta de inflação de 3%. Isso pode levar a um aumento nos juros para controlar a inflação.

A curva de juros é um importante indicador para entender a direção dos juros no Brasil. Ela mostra que a SELIC pode ir além de 15% e alguns bancos estão divulgando cenários com SELIC indo a 15.75 por. Isso pode levar a um aumento nos juros.

É importante entender que a taxa de juros é um importante instrumento para controlar a inflação. No entanto, é preciso ter cuidado para não aumentar demasiado a taxa de juros, pois isso pode ter um impacto negativo na economia.

Fonte: ©️ Band Jornalismo