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Política monetária restritiva eleva taxa básica de juros. Confederação Nacional da Indústria alerta sobre inflação descontrolada e riscos ao desenvolvimento sustentável.
Para entender melhor como o aumento da taxa SELIC impacta a economia do Brasil, é preciso considerar também a taxa de juros. Recentemente, o Banco Central elevou a taxa básica de juros de 12,25% ao ano para 13,25% ao ano.
O aumento da taxa SELIC traz uma série de consequências para a indústria, um dos principais setores produtivos do país. É importante pontuar que juros mais altos podem reduzir o consumo e, consequentemente, a produção. Além disso, a taxa básica de juros interfere diretamente nos investimentos, uma vez que juros mais altos podem desestimular projetos de longo prazo. A taxa SELIC mais alta também pode encarecer o crédito, dificultando o acesso a empréstimos para empresas e consumidores. Nesse cenário, é crucial que as empresas e os consumidores estejam preparados para lidar com essas mudanças e busquem alternativas para minimizar os impactos negativos.
Efeitos da Taxa SELIC na Indústria
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera injustificável o aumento na taxa de juros, que vem de uma longa trajetória de elevação dos juros reais. Isso resulta em uma política monetária restritiva, que significa menos emprego, menos investimento e menos prosperidade para todos.
É claro que para a CNI, assim como para todo o setor produtivo, o equilíbrio fiscal é inegociável. O setor produtivo brasileiro conhece a chaga de uma inflação descontrolada e tem a estabilidade como um valor importante. No entanto, é fundamental que o Banco Central tenha sensibilidade no manejo das variáveis econômicas, controlando a inflação sem criar uma taxa básica tão elevada e uma política monetária tão restritiva.
Dever de Casa para o Governo
O governo precisa ter uma equação fiscal mais consistente e criar um clima de confiança para os agentes econômicos. Isso inclui um pacto pelo desenvolvimento, onde o equilíbrio fiscal é uma das colunas mestres de um ambiente mais favorável e de um ciclo de prosperidade virtuoso para toda a economia e sociedade.
O Banco Central tem feito um ‘samba de uma nota só’, com um repertório muito escasso, colocando apenas a elevação da taxa de juros, que tem um impacto fiscal significativo. A cada 1% de aumento na taxa SELIC, o custo anual é de 50 bilhões de reais. Isso já é o segundo aumento consecutivo, e é importante lembrar que o programa de ajuste fiscal aprovado pelo Congresso Nacional previa uma sensibilidade de 70 bilhões para 2025 e 41 bilhões para 2026.
Pacto Nacional pelo Desenvolvimento Sustentável
A CNI tem colocado a necessidade de um pacto nacional pelo desenvolvimento sustentável, que combine equilíbrio fiscal com um ambiente favorável para o setor produtivo. Isso inclui uma agenda que aproveite a transição energética, a descarbonização produtiva e o clima controverso nas relações de geopolítica, permitindo que o Brasil se organize e construa uma agenda que combine equilíbrio fiscal com ambiente favorável para o setor produtivo.
Enquanto essas medidas de longo prazo são discutidas, a indústria reivindica do governo federal medidas de curto prazo para mitigar os efeitos da taxa SELIC. Isso inclui uma comunicação mais clara em torno do ajuste fiscal e uma reflexão sobre a política monetária restritiva. O governo pode ter um papel importante em criar um clima de confiança e estabilidade para os agentes econômicos.
Fonte: ©️ Band Jornalismo
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