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Adriana Arajo entrevista o novo presidente da Câmara dos Deputados Hugo Mota sobre desafios e missões na casa.
Transparência é fundamental em qualquer instituição, especialmente na Câmara dos Deputados, onde as decisões afetam a vida de todos os brasileiros. Nesse sentido, é essencial que os cidadãos tenham acesso às informações e aos processos de tomada de decisão, garantindo a transparência e a clareza nas ações dos parlamentares. É com essa visão que o novo presidente da Câmara, Hugo Mota, assume o cargo, comprometido em promover a transparência e a abertura na gestão da Casa.
Para garantir essa transparência, é necessário que haja uma comunicação clara e transparente entre os parlamentares e a sociedade. Isso pode ser alcançado por meio da visibilidade das ações e decisões da Câmara, bem como da clareza nas informações disponibilizadas ao público. Além disso, a abertura para o diálogo e a participação popular também é fundamental para fortalecer a democracia e garantir que as decisões sejam tomadas de forma transparente e responsável. Com a liderança de Hugo Mota, a Câmara dos Deputados está pronta para avançar nesse sentido, promovendo uma gestão mais transparente e participativa. A transparência é um direito do cidadão e um dever do Estado. Com transparência, podemos construir uma sociedade mais justa e igualitária.
Transparência: Um Valor Fundamental na Administração Pública
É um prazer estar aqui na presidência da Câmara dos Deputados, recebendo nossos amigos Túlio, João Pedro, Você, Adriana, e cumprimentando os telespectadores que nos assistem pela Rede Bandeirantes e os ouvintes que nos escutam pela Rádio Bandeirantes, bem como os ouvintes da Rádio da empresa. É uma alegria estar conversando com jornalistas tão prestigiados e que têm tanta credibilidade.
Estou aqui à disposição para prestar contas ao nosso país e desenhar a nossa linha de trabalho à frente da presidência da Câmara dos Deputados. Agradecemos nesse dia de maratona de entrevistas e trabalho, abrindo a sessão do congresso, a primeira sessão para valer depois da sessão formal da posse de ontem.
Vou fazer uma breve apresentação para o nosso ouvinte que não tem tantas informações ou o nosso telespectador que não conhece tanto sobre o deputado G Mota, que agora assume a presidência da câmara. 35 anos, o mais jovem a ocupar esse cargo, mas não inexperiente. Quatro mandatos consecutivos como deputado federal. Todo mundo que acompanha a política já sabia que ele seria o novo presidente da Câmara antes mesmo da votação. Conquistou 444 votos, um feito poucas vezes visto.
Aliança do PT ao PL, uma ampla aliança que o elegeu presidente da Câmara. E agora o senhor tem a missão de transitar entre esses dois mundos com visões de país, visões políticas e econômicas muito distintas. Então, vamos abordar tudo isso agora ao longo dessa entrevista.
Gostaria de fazer a minha primeira pergunta sobre o factual, a notícia de hoje. O Ministro Flávio Dino marcou uma reunião, uma tentativa de conciliação com o congresso, para tratar das emendas parlamentares que renderam tantos conflitos, tantos embates no ano passado. Especialmente, a minha pergunta para o senhor é: é possível que STF e o congresso falem a mesma língua sobre transparência no repasse, no uso desse dinheiro que é uma fortuna em emendas parlamentares?
Transparência e Clareza
Por favor, nós do Parlamento não temos dificuldade em discutir a questão da transparência. A Câmara dos Deputados, Senado Federal, estará sempre à disposição para dialogar com os demais poderes, com o Executivo, com o Judiciário, no intuito de se encontrar uma solução para essa questão das emendas. O Brasil tem muitos desafios para o ano 2025. O melhor é que já agora, no início dos trabalhos, tenhamos a possibilidade de resolver através de um acordo, através desse entendimento que será buscado da nossa parte.
Também entendo que, na hora em que o Ministro Flávio Dino nos convida para uma reunião para uma conciliação, o intuito também me parece que é solucionar e esse assunto. E, de certa forma, entendendo qual é o modelo claro que, sem o congresso abrir mão das suas prerrogativas, daquilo que nos é garantido pela constituição, que é participar da indicação ao orçamento Geral da União, podermos conseguir entender um modelo que traga mais transparência, mais rastreabilidade e possamos de uma vez por todas virar essa página para que nos dediquemos a um agend que venha produzir positivamente em favor do país.
Presidente, aproveitando esse gancho, teoricamente, os técnicos, desculpa só te interromper, só para ficar claro que eu tenho certeza que os ouvintes que estão acompanhando a gente, a gente recebe muitas mensagens sobre isso, e a questão é: é possível que se chegue num modelo em que todos tenham acesso ao nome do parlamentar, o nome da instituição ou da prefeitura que vai receber o dinheiro?
E apanhar esse caminho, há uma dificuldade, uma resistência por parte de alguns partidos ou políticos de que essa transparência, que o senhor já disse que defende, que ela de fato se torne uma prática no nosso país? Não há dificuldade alguma, nós temos todas as condições de poder avançar nesse sentido. Eu penso que esse é o sentimento da casa como um todo. Não há o interesse mínimo de nenhum Deputado, pelo menos de todos que eu conversei, agora no período eleitoral, de esconder para onde esses deputados estão colocando os recursos.
Por isso que eu estou aqui, é muito confiante de que chegaremos a um acordo no sentido de trazer mais transparência. Agora, o que precisamos também defender, Adriana, é que é importante a transparência também para todos os poderes. Nós temos, por exemplo, o Executivo ainda editando decretos com 100 anos de sigilo sobre gastos, medidas que o governo toma. Nós precisamos adentrar também num pouco mais de transparência dentro do governo.
Visibilidade e Abertura
É fundamental que haja visibilidade e abertura em todos os poderes, para que o cidadão possa ter acesso a informações claras e precisas sobre como os recursos públicos estão sendo utilizados. A transparência é um valor fundamental na administração pública, e é nossa responsabilidade garantir que ela seja uma prática comum em todos os níveis de governo.
Acredito que, com a colaboração de todos os poderes e a participação ativa da sociedade, podemos construir um modelo de transparência que seja eficaz e que traga benefícios para o país. É um desafio, mas estou confiante de que podemos alcançar esse objetivo e fazer com que a transparência seja uma realidade em nosso país.
Fonte: ©️ Band Jornalismo